Nota do blogueiro 1: Conforme imaginava, não é fácil manter a constância nos posts... Sei que meus milhares - na verdade, milhões... - de leitores estão sentindo falta, mas o fato é que tempo é um recurso escasso por aqui.
Nota do blogueiro 2: Para mim, esta música tem cara de festa de universidade americana... Então vai ela mesmo.
Se as águas de março fecham o verão no Brasil (mais clichê impossível...), o calorzinho de março abre a primavera por aqui. Mas o que marca este mês tão lindo e importante - não preciso dizer que este é meu mês de nascimento, né? - por aqui é a "Loucura de Março", March Madness: a fase final do campeonato de basquete universitário.
E esta é mais uma das coisas que você só entende vendo de perto, sentindo na pele... March Madness é um daqueles casos de febres periódicas bem típicos à cultura americana. A data é quase como um Thanksgiving (Dia de Ação de Graças, o maior feriado santo daqui) esportivo. Só perde para o Super Bowl em termos de audiência televisiva - até por que a final do futebol americano acontece em um único domingo. O lance é que March Madness consiste em duas semanas de basquete. Basquete universitário na veia: intenso, veloz, vibrante, divertido pacas, quase dramático.
Desnecessário dizer que nove entre dez promoções oferecidas pelo comércio nestes dias - da Best Buy à pizzaria de esquina na Main Street de Midland, dos grandes varejistas (como Sears, Macy's e afins) às concessionárias de carros de todas as cidades nos 50 Estados - se chamam... "March Madness". E os bares, então? É claro que o Dia de São Patrício, santo-da-casa na Irlanda (e padroeiro da imensa comunidade Irish nos EUA), também ajuda na bebeção explícita de cerveja. Mas é em March Madness que os bares daqui tiram o pé da lama. Imagine um happy hour que vai do meio-dia à meia-noite, com multidões grudadas às telas das TVs e uma gritaria insana em qualquer lugar que você vá. Quase isso...
Mas espere! Ainda tem mais... A palavra mais usada nestes tempos é "bracket". O dicionário, se você se der ao trabalho, vai dizer que ela significa "colchete, parêntesis, conjunto". Mas esse é o nome dado à chave que determina os confrontos mata-mata da fase final (imagine a segunda fase da Copa do Mundo ou a Copa do Brasil... There you go!).
O negócio - literalmente - é a onda de bolões que acontecem em todo o lugar. Sim, todo lugar. É como bolão de Copa do Mundo: todo mundo quer participar, e sempre rola aquela aposta (às vezes saudável, às vezes salgada). No escritório, por exemplo, custou U$ 5.
A frase mais ouvida nestes tempos é "Já fez o seu bracket?" Ou seja: já entrou no bolão? "Corra, pois as apostas acabam no tip-off do primeiro jogo da rodada-de-64!"- ou seja, ao meio-dia de quinta-feira (ontem, no caso).
"Você vai se viciar...", avisou Tara, minha fiel escudeira aqui no escritório. E ela tinha razão! Ao brincar de pitonisa e tentar advinhar quais são os times/universidades que avançam nos confrontos diretos (começando com 64 escolas, daí 32, daí o Sweet Sixteen, Elite Eight, Final Four e a grande decisão), você acaba se envolvendo na brincadeira de maneira muito bacana. E o fato de todo mundo perguntar (de novo, todo mundo) "quem está no seu Final Four?" ou "alguém sabe quem ganhou Murray State x Colorado State"? só ajuda a botar lenha na fogueira.
Não acredita em mim?? Okay... Dá uma olhada na foto abaixo: Obama preenchendo o seu "Bolão Presidencial". Aliás, esta é uma tradição - como o "perdão ao peru", cerimônia anual na qual o presidente sai aos jardins da Casa Branca com a família para soltar perus presos numa gaiola (simbólico tributo aos bichanos mortos para os milhões de almoços de Ações de Graças pelo país afora). Sim, meus queridos(as) leitores(as), "bracketologia" é uma ciência!
O meu bracket? Bom... É só a minha primeira tentativa e tentei não ser tão óbvio nas escolhas (afinal, a graça é apostar numas zebras). Passado o primeiro dia de jogos, acertei 11 de 16 confrontos - resultado bem ruinzinho, por sinal. E, claro, as zebras que eu escolhi (como Harvard batendo Vanderbilt - dããmmmm...) não se confirmaram. E alguns palpites certos - como a aposta no atual campeão nacional, UConn - viraram água (deu Iowa State). Há também os confrontos que eu comparo a questões da prova de Física na FUVEST: dá uma boa olhada nas alternativas e... tenta a sorte! (como em New Mexico x Long Beach State: deu New Mexico - e claro que eu errei!)
Sei que tenhos poucas chances, e escolhi muitos resultados com o coração (em detrimento da razão). Quero muito que Michigan State chegue bem longe, mas apostar no título é muuuuito otimismo. Ainda mais batendo North Carolina na final. Mas beleza... Segue aí o meu bracket para você conferir!
3113 WW
Um espaço para impressões, comentários e experiências a respeito de basquete (NBA), futebol americano (football, NFL), beisebol (baseball, MLB) e hóquei no gelo (NHL hockey) - além de outras coisas bacanas na visão de um brasileiro morando nos Estados Unidos. Ah, rock and roll não pode faltar!
sexta-feira, 16 de março de 2012
domingo, 26 de fevereiro de 2012
Van Halen em Detroit Rock City
Nota do blogueiro: Este será meu primeiro post de rock (ou seja: não-esportes) no blog... Espero que mais posts roqueiros venham por aí!
Nota do blogueiro 2: Trilha sonora? Se eu fosse adepto de clichês, recomendaria esta aqui ou talvez mais esta aqui. Mas como sou teimoso, vamos da fresquinha "Tattoo".
Seja qual for a sua vertente roqueira, acho que você concorda com uma premissa na qual acredito cegamente: há bandas que são legais. Simplesmente legais. Não precisam, necessariamente, revolucionar o rock. Mas são aquelas bandas que te fazem feliz quando o shuffle do iPod (ou quando o rádio, se é que você ainda ouve...) decide lhe dar um presente. Daquelas bandas que deixam você cantarolando o dia todo, com vontade de ouvir mais. VAN HALEN - especialmente com DAVID LEE ROTH - é uma dessas bandas. Vê-los ao vivo, então, é garantia que a sua noite será muito legal.
E em 20 de fevereiro, segundona brava, essa banda "simplesmente legal" deu o ar da graça em Auburn Hills (pertinho de Detroit) para o segundo show da turnê de divulgação do novo álbum, o igualmente legal "A Different Kind of Truth" - o primeiro de material inédito com "Diamond Dave" de volta aos vocais desde 1984. E para aumentar a expectativa em torno do show, vale destacar que esta foi apenas a segunda data de uma tour americana que vai até julho - o primeiro espetáculo foi em Louisville, Kentucky, no dia 18.
É verdade que os saudosos podem reclamar - não sem alguma razão - que VAN HALEN de verdade tem como baixista Michael Anthony (e não o esforçado, mas ainda em literal fase de crescimento, Wolfgang Van Halen, filho de Eddie). Mas convenhamos: é a dobradinha Eddie-Dave que fez da banda um monumento ao hard rock. E a dupla está afiada, harmônica (em todos os sentidos) e visivelmente feliz.
Pouco feliz, entretanto, foi a ideia de escalar KOOL & THE GANG para abrir o show em Auburn Hills. É verdade que eles estavam passando pela área - pois tocaram num cassino em Mount Pleasant na sexta-feira anterior - e o convite para uma pontinha de abertura no Palace parecia conveniente. Mas o agradável suingue de Robert "Kool" Bell e sua trupe combina tanto com VAN HALEN quanto leite combina com feijoada. Ok, ok, sem reclamações... "Jungle Booggie", "Get Down On It" e "Celebration" também se encaixam na categoria das músicas legais.
Por volta das 8:40 PM, Dave e a família Van Halen - Eddie, Wolf e titio Alex - fizeram a alegria dos cerca de 15 mil presentes ao ginásio do Detroit Pistons com uma entrada triunfal: "You Really Got Me", cover do KINKS eternizado pelo quarteto anfitrião da festa roqueira em Auburn Hills. "Runnin’ With The Devil" veio na sequência, com Diamond Dave espantando os demônios ao sapatear em seu tablado especial, montado bem no centro do palco (entre os microfones de Wolf e Eddie).
Com ou sem tablado, o que falar de Dave? Ícone do "cara legal" - imagem construída em inesquecíveis clipes dos anos 80 (como "Hot For Teacher", "Panama" e "Jump") e mesmo em sua carreira pós-VAN HALEN -, ele também é um dos frontmen mais memoráveis da história do hard rock. Aos 58 anos, numa forma física invejável (mantida à base de jiu jitsu brasileiro e uma vida sem tantos excessos na Califórnia) , ele domina o palco com energia de menino e maestria de veterano. Na atual turnê, ele assumiu uma persona de crooner: headset (para deixá-lo sem amarras no palco, claro) e uma coleção de ternos brilhantes (azul, vermelho, prateado...) sobre camisa com colete e "calça-social-stretch". Um autêntico dândi armado de gritos potentes e muita irreverência.
E o que falar de Eddie? Um virtuose... Não precisa de pulos ou paletós de lantejoulas para brilhar. Precisão cirúrgica e velocidade alucinante na guitarra, que dispara alguns dos solos mais cabeludos de todo o repertório hard-roqueiro com a candura de menino que brinca de Guitar Hero (não é à toa que eles têm um joguinho só deles, né?). Sim, Eddie é a alma do VAN HALEN - amém.
Alex (outra fera legendária) e Wolf (uma "obra em progresso", por assim dizer) também valem o ingresso. Afinal, sem eles não existiriam canções como "Tattoo", "China Town" e "The Trouble With Never" - bons bocados de "A Different Kind of Truth" pinçados para esta tour. Mas verdade seja dita: ninguém ali pagou ingresso para ouvir novidades (ou para ver KOOL & THE GANG - #prontofalei)...
E a própria banda sabe disso, tanto que caprichou no set list e trouxe pérolas como "Women In Love", faixa escondida do antológico "Van Halen II" (de 1979) e que não era tocada ao vivo desde 1980. "Beautiful Girls", "Girl Gone Bad" e "I’ll Wait" também podem se encaixar na categoria das preciosidades.
Mas quando o assunto entra nos clássicos, chega a ser covardia: impossível não agradar multidões ao som de hinos como "Dance the Night Away," "Unchained," "Ain't Talkin' 'Bout Love", "Hot for Teacher", "Panama" e, claro, "Jump" - saideira do show, com direito a chuva de papel brilhante e Dave desfilando de chapelão na cabeça e bandeira quadriculada nas mãos. E também teve "(Oh!) Pretty Woman", cover de ROY ORBISON, para não restar dúvida de que VAN HALEN, além de uma banda simplesmente (muito) legal, também fez sua parte na revolução do hard rock.
VAN HALEN - The Palace of Auburn Hills (MIchigan, USA) - 20 de fevereiro de 2012.
1. You Really Got Me
2. Runnin' With The Devil
3. She's The Woman
4. Romeo Delight
5. Tattoo
6. Everybody Wants Some!!
7. Somebody Get Me A Doctor
8. China Town
9. Mean Street
10. (Oh!) Pretty Woman
(Alex Van Halen drum solo)
11. Unchained
12. The Trouble With Never
13. Dance The Night Away
14. I'll Wait
15. Hot For Teacher
16. Women In Love
17. Girl Gone Bad
18. Beautiful Girls
19. Ice Cream Man
20. Panama
(Eddie Van Halen guitar solo)
21. Ain't Talkin' 'Bout Love
22. Jump
Nota do blogueiro 2: Trilha sonora? Se eu fosse adepto de clichês, recomendaria esta aqui ou talvez mais esta aqui. Mas como sou teimoso, vamos da fresquinha "Tattoo".
Seja qual for a sua vertente roqueira, acho que você concorda com uma premissa na qual acredito cegamente: há bandas que são legais. Simplesmente legais. Não precisam, necessariamente, revolucionar o rock. Mas são aquelas bandas que te fazem feliz quando o shuffle do iPod (ou quando o rádio, se é que você ainda ouve...) decide lhe dar um presente. Daquelas bandas que deixam você cantarolando o dia todo, com vontade de ouvir mais. VAN HALEN - especialmente com DAVID LEE ROTH - é uma dessas bandas. Vê-los ao vivo, então, é garantia que a sua noite será muito legal.
E em 20 de fevereiro, segundona brava, essa banda "simplesmente legal" deu o ar da graça em Auburn Hills (pertinho de Detroit) para o segundo show da turnê de divulgação do novo álbum, o igualmente legal "A Different Kind of Truth" - o primeiro de material inédito com "Diamond Dave" de volta aos vocais desde 1984. E para aumentar a expectativa em torno do show, vale destacar que esta foi apenas a segunda data de uma tour americana que vai até julho - o primeiro espetáculo foi em Louisville, Kentucky, no dia 18.
É verdade que os saudosos podem reclamar - não sem alguma razão - que VAN HALEN de verdade tem como baixista Michael Anthony (e não o esforçado, mas ainda em literal fase de crescimento, Wolfgang Van Halen, filho de Eddie). Mas convenhamos: é a dobradinha Eddie-Dave que fez da banda um monumento ao hard rock. E a dupla está afiada, harmônica (em todos os sentidos) e visivelmente feliz.
Pouco feliz, entretanto, foi a ideia de escalar KOOL & THE GANG para abrir o show em Auburn Hills. É verdade que eles estavam passando pela área - pois tocaram num cassino em Mount Pleasant na sexta-feira anterior - e o convite para uma pontinha de abertura no Palace parecia conveniente. Mas o agradável suingue de Robert "Kool" Bell e sua trupe combina tanto com VAN HALEN quanto leite combina com feijoada. Ok, ok, sem reclamações... "Jungle Booggie", "Get Down On It" e "Celebration" também se encaixam na categoria das músicas legais.
Por volta das 8:40 PM, Dave e a família Van Halen - Eddie, Wolf e titio Alex - fizeram a alegria dos cerca de 15 mil presentes ao ginásio do Detroit Pistons com uma entrada triunfal: "You Really Got Me", cover do KINKS eternizado pelo quarteto anfitrião da festa roqueira em Auburn Hills. "Runnin’ With The Devil" veio na sequência, com Diamond Dave espantando os demônios ao sapatear em seu tablado especial, montado bem no centro do palco (entre os microfones de Wolf e Eddie).
Com ou sem tablado, o que falar de Dave? Ícone do "cara legal" - imagem construída em inesquecíveis clipes dos anos 80 (como "Hot For Teacher", "Panama" e "Jump") e mesmo em sua carreira pós-VAN HALEN -, ele também é um dos frontmen mais memoráveis da história do hard rock. Aos 58 anos, numa forma física invejável (mantida à base de jiu jitsu brasileiro e uma vida sem tantos excessos na Califórnia) , ele domina o palco com energia de menino e maestria de veterano. Na atual turnê, ele assumiu uma persona de crooner: headset (para deixá-lo sem amarras no palco, claro) e uma coleção de ternos brilhantes (azul, vermelho, prateado...) sobre camisa com colete e "calça-social-stretch". Um autêntico dândi armado de gritos potentes e muita irreverência.
E o que falar de Eddie? Um virtuose... Não precisa de pulos ou paletós de lantejoulas para brilhar. Precisão cirúrgica e velocidade alucinante na guitarra, que dispara alguns dos solos mais cabeludos de todo o repertório hard-roqueiro com a candura de menino que brinca de Guitar Hero (não é à toa que eles têm um joguinho só deles, né?). Sim, Eddie é a alma do VAN HALEN - amém.
Alex (outra fera legendária) e Wolf (uma "obra em progresso", por assim dizer) também valem o ingresso. Afinal, sem eles não existiriam canções como "Tattoo", "China Town" e "The Trouble With Never" - bons bocados de "A Different Kind of Truth" pinçados para esta tour. Mas verdade seja dita: ninguém ali pagou ingresso para ouvir novidades (ou para ver KOOL & THE GANG - #prontofalei)...
E a própria banda sabe disso, tanto que caprichou no set list e trouxe pérolas como "Women In Love", faixa escondida do antológico "Van Halen II" (de 1979) e que não era tocada ao vivo desde 1980. "Beautiful Girls", "Girl Gone Bad" e "I’ll Wait" também podem se encaixar na categoria das preciosidades.
Mas quando o assunto entra nos clássicos, chega a ser covardia: impossível não agradar multidões ao som de hinos como "Dance the Night Away," "Unchained," "Ain't Talkin' 'Bout Love", "Hot for Teacher", "Panama" e, claro, "Jump" - saideira do show, com direito a chuva de papel brilhante e Dave desfilando de chapelão na cabeça e bandeira quadriculada nas mãos. E também teve "(Oh!) Pretty Woman", cover de ROY ORBISON, para não restar dúvida de que VAN HALEN, além de uma banda simplesmente (muito) legal, também fez sua parte na revolução do hard rock.
VAN HALEN - The Palace of Auburn Hills (MIchigan, USA) - 20 de fevereiro de 2012.
1. You Really Got Me
2. Runnin' With The Devil
3. She's The Woman
4. Romeo Delight
5. Tattoo
6. Everybody Wants Some!!
7. Somebody Get Me A Doctor
8. China Town
9. Mean Street
10. (Oh!) Pretty Woman
(Alex Van Halen drum solo)
11. Unchained
12. The Trouble With Never
13. Dance The Night Away
14. I'll Wait
15. Hot For Teacher
16. Women In Love
17. Girl Gone Bad
18. Beautiful Girls
19. Ice Cream Man
20. Panama
(Eddie Van Halen guitar solo)
21. Ain't Talkin' 'Bout Love
22. Jump
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
Negócio da China
Nota do blogueiro: Este post ficará mais fácil de engolir ao som de Ramones! Afinal, a NBA está vivendo em uma "Chinese Rock" atualmente...
Diz a sabedoria popular que "37 não é febre". Mas 17, na NBA, virou febre...
17 é o número da camisa do jovem armador Jeremy Lin, nova sensação da Liga. E a trajetória meteórica do rapaz - alçado à condição de nome mais comentado por torcedores e jornalistas esportivos nos EUA nas últimas duas semanas - tem todos os ingredientes de história de Cinderela. Ou LINderela, como se diz por aqui...
Aos 23 anos, filho de imigrantes taiwaneses, Jeremy Lin é uma jóia rara. Graduado em Economia por Harvard - só a universidade mais famosa e elitista dos Estados Unidos, e sem qualquer benefício de bolsa-atleta (embora tenha jogado pelo time da escola) -, Lin ingressou na NBA em 2010-2011, como um mero armador reserva do modesto Golden State Warriors (time para o qual aprendeu a torcer durante a infância na Califórnia). Passou boa parte de seu rookie year na lista de inativos. Chegou a fazer alguns treinos pelo Houston Rockets - casa da primeira (desculpem pela péssima expressão...) "febre amarela" da NBA, com Yao Ming - mas não foi chamado para ficar.
Em 2011-2012, com todas as idas-e-vindas da polêmica greve de 161 dias (que atrasou o início da temporada em quase um mês e meio), Lin tinha tudo para ficar fora da NBA. Foi pescado pelo New York Knicks na bacia das almas, tirado do Eire BayHawks (time da Liga de Desenvolvimento, uma espécie de "Segundona" da NBA). E acabou alçado a titular pelo técnico Mike D'Antoni por causa de todas as mudanças provocadas no time com as contusões das estrelas Amar'e Stoudemire e Carmelo Anthony (aliás, foi Melo quem sugeriu a D'Antoni que Lin deveria jogar um pouco mais).
D'Antoni até chegou a dizer que Lin "deu sorte por estarmos jogando tão mal", em referência ao fiasco dos Knicks contra o Boston Celtics (derrota por 91 a 89, após estarem com a vitória nas mãos) e às atuações modestas dos armadores Mike Bibby, Toney Douglas e Iman Shumpert (além do lesionado Baron Davis). Tudo indica que Lin seria dispensado pelos Knicks antes do deadline de 20 de fevereiro, abrindo vaga no time para uma contratação pelo resto da temporada. Sorte que eles estavam jogando tão mal...
"LINsano" fez sua estréia como armador titular dos Knicks em 6 de fevereiro, contra o Utah Jazz. Jogou 45 minutos (quase a partida toda), marcou 28 pontos e deu oito assistências na vitória por 99 a 88. Desde então, a franquia de Nova York não sabe o que é perder. Já são sete partidas. E se contar a boa atuação que ele teve ao sair do banco na vitória por 99 a 92 contra o New Jersey Nets (25 pontos e sete assistências após 36 minutos em quadra), a "LINsanidade" é ainda maior.
Na última semana, a coisa ganhou proporções incontroláveis. Quando os Knicks receberam os Lakers no Madison Square Garden, em 10 de fevereiro, após o time de Los Angeles arrancar uma bela vitória para cima dos arqui-rivais Boston Celtics (na prorrogação), em pleno TD Garden, a "LINsanidade" se consolidou como problema de saúde pública em Nova York.
Kobe Bryant e o técnico Mike Brown chegaram à Big Apple dizendo que "sabiam muito pouco" a respeito de Lin e que não conheciam a tal "LINsanidade". Após verem o armador sino-americano lhes ministrar uma aula de basquete - 38 pontos e algumas jogadas de cair o queixo -, os Lakers foram embora exaltando "como Lin é um jogador completo e agressivo". Aprenderam na base da dor - a melhor forma de fixar uma lição, de acordo com meu primeiro professor de caratê.
E ele aprontou de novo. Terça passada (dia 14), em Toronto, acertou um tiro de três pontos faltando menos de um segundo para o final da partida, selando a vitória dos Knicks por 90 a 87 sobre os Raptors (time do armador brasileiro Leandrinho Barbosa, que no lance anterior havia tentado - e falhado - encaixar uma bola de três para colocar os donos da casa em vantagem).
Toda hype à parte, a verdade é que Lin já fez história. Esta semana tornou-se o primeiro jogador desde a fusão da NBA com a defunta ABA (American Basketball Association, em 1976-77) a somar 136 pontos em suas cinco primeiras partidas como titular - e também já havia quebrado os recordes para as três (89 pontos acumulados) e quatro (109) primeiras partidas como titular. Não à toa, foi escolhido pela NBA como "O Jogador da Semana" pela Conferência Leste na semana passada.
Além de revelação, Lin é um bâlsamo para a NBA. # 1 - ele é mais um canal de acesso para a Liga explorar o vastíssimo mercado asiático, e o chinês em particular (que andava meio desanimado desde a aposentadoria precoce do não-mais-que-razoável Yao Ming). # 2 - ele é o catalisador do sucesso do New York Knicks, franquia-chave do mercado mais importante dos EUA (alguém hoje se lembra que os Knicks tiraram o pivô Tyson Chandler a peso de ouro dos campeões Dallas Mavericks?). # 3 - ele realmente joga demais e complementa, tecnicamente, um time que até então era recheado de excelentes alas (Carmelo Anthony e Amar'e Stoudemire) e tinha em Chandler uma resposta para o garrafão, mas ainda carecia de um "cérebro" na posição 1.
E pensar que até semana passada o rapaz dormia no sofá do apartamento de um amigo em Nova York...
Diz a sabedoria popular que "37 não é febre". Mas 17, na NBA, virou febre...
17 é o número da camisa do jovem armador Jeremy Lin, nova sensação da Liga. E a trajetória meteórica do rapaz - alçado à condição de nome mais comentado por torcedores e jornalistas esportivos nos EUA nas últimas duas semanas - tem todos os ingredientes de história de Cinderela. Ou LINderela, como se diz por aqui...
Aos 23 anos, filho de imigrantes taiwaneses, Jeremy Lin é uma jóia rara. Graduado em Economia por Harvard - só a universidade mais famosa e elitista dos Estados Unidos, e sem qualquer benefício de bolsa-atleta (embora tenha jogado pelo time da escola) -, Lin ingressou na NBA em 2010-2011, como um mero armador reserva do modesto Golden State Warriors (time para o qual aprendeu a torcer durante a infância na Califórnia). Passou boa parte de seu rookie year na lista de inativos. Chegou a fazer alguns treinos pelo Houston Rockets - casa da primeira (desculpem pela péssima expressão...) "febre amarela" da NBA, com Yao Ming - mas não foi chamado para ficar.
Em 2011-2012, com todas as idas-e-vindas da polêmica greve de 161 dias (que atrasou o início da temporada em quase um mês e meio), Lin tinha tudo para ficar fora da NBA. Foi pescado pelo New York Knicks na bacia das almas, tirado do Eire BayHawks (time da Liga de Desenvolvimento, uma espécie de "Segundona" da NBA). E acabou alçado a titular pelo técnico Mike D'Antoni por causa de todas as mudanças provocadas no time com as contusões das estrelas Amar'e Stoudemire e Carmelo Anthony (aliás, foi Melo quem sugeriu a D'Antoni que Lin deveria jogar um pouco mais).
D'Antoni até chegou a dizer que Lin "deu sorte por estarmos jogando tão mal", em referência ao fiasco dos Knicks contra o Boston Celtics (derrota por 91 a 89, após estarem com a vitória nas mãos) e às atuações modestas dos armadores Mike Bibby, Toney Douglas e Iman Shumpert (além do lesionado Baron Davis). Tudo indica que Lin seria dispensado pelos Knicks antes do deadline de 20 de fevereiro, abrindo vaga no time para uma contratação pelo resto da temporada. Sorte que eles estavam jogando tão mal...
"LINsano" fez sua estréia como armador titular dos Knicks em 6 de fevereiro, contra o Utah Jazz. Jogou 45 minutos (quase a partida toda), marcou 28 pontos e deu oito assistências na vitória por 99 a 88. Desde então, a franquia de Nova York não sabe o que é perder. Já são sete partidas. E se contar a boa atuação que ele teve ao sair do banco na vitória por 99 a 92 contra o New Jersey Nets (25 pontos e sete assistências após 36 minutos em quadra), a "LINsanidade" é ainda maior.
Na última semana, a coisa ganhou proporções incontroláveis. Quando os Knicks receberam os Lakers no Madison Square Garden, em 10 de fevereiro, após o time de Los Angeles arrancar uma bela vitória para cima dos arqui-rivais Boston Celtics (na prorrogação), em pleno TD Garden, a "LINsanidade" se consolidou como problema de saúde pública em Nova York.
Kobe Bryant e o técnico Mike Brown chegaram à Big Apple dizendo que "sabiam muito pouco" a respeito de Lin e que não conheciam a tal "LINsanidade". Após verem o armador sino-americano lhes ministrar uma aula de basquete - 38 pontos e algumas jogadas de cair o queixo -, os Lakers foram embora exaltando "como Lin é um jogador completo e agressivo". Aprenderam na base da dor - a melhor forma de fixar uma lição, de acordo com meu primeiro professor de caratê.
E ele aprontou de novo. Terça passada (dia 14), em Toronto, acertou um tiro de três pontos faltando menos de um segundo para o final da partida, selando a vitória dos Knicks por 90 a 87 sobre os Raptors (time do armador brasileiro Leandrinho Barbosa, que no lance anterior havia tentado - e falhado - encaixar uma bola de três para colocar os donos da casa em vantagem).
Toda hype à parte, a verdade é que Lin já fez história. Esta semana tornou-se o primeiro jogador desde a fusão da NBA com a defunta ABA (American Basketball Association, em 1976-77) a somar 136 pontos em suas cinco primeiras partidas como titular - e também já havia quebrado os recordes para as três (89 pontos acumulados) e quatro (109) primeiras partidas como titular. Não à toa, foi escolhido pela NBA como "O Jogador da Semana" pela Conferência Leste na semana passada.
Além de revelação, Lin é um bâlsamo para a NBA. # 1 - ele é mais um canal de acesso para a Liga explorar o vastíssimo mercado asiático, e o chinês em particular (que andava meio desanimado desde a aposentadoria precoce do não-mais-que-razoável Yao Ming). # 2 - ele é o catalisador do sucesso do New York Knicks, franquia-chave do mercado mais importante dos EUA (alguém hoje se lembra que os Knicks tiraram o pivô Tyson Chandler a peso de ouro dos campeões Dallas Mavericks?). # 3 - ele realmente joga demais e complementa, tecnicamente, um time que até então era recheado de excelentes alas (Carmelo Anthony e Amar'e Stoudemire) e tinha em Chandler uma resposta para o garrafão, mas ainda carecia de um "cérebro" na posição 1.
E pensar que até semana passada o rapaz dormia no sofá do apartamento de um amigo em Nova York...
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
Folia universitária
Nota do blogueiro: Cheerleaders rock... Não é, Faith No More??
Esportes universitários aqui nos EUA são um capítulo à parte - mesmo! Um fenômeno muito interessante...
A começar pela paixão, de atletas (que dão o maior gás na esperança de um dia chegar às ligas profissionais) e torcedores (alunos das escolas ou não: sem dúvidas, são os mais apaixonados da praça). Aliás, ainda vou escrever um post refletindo um pouco mais sobre os esportes universitários por aqui... Vale a pena se debruçar sobre isso!
O clima dos jogos universitários é diferente... Mais vibrante, energético, envolvente. Impossível ficar impassível - goste você de esportes ou não.
Enfim... Em 5 de fevereiro, dia do Super Bowl, decidi começar o domingão com uma viagem de 1h45 até a simpática East Lansing - capital do Estado de Michigan e casa da Michigan State University, dona de um dos programas esportivos mais tradicionais da forte conferência Big 10. O jogo? Michigan State Spartans versus (University of) Michigan Wolverines no basquete masculino. Um Fla-Flu (ou Ba-Vi, Gre-Nal, São Paulo-Corinhtians...) do esporte universitário - em qualquer modalidade, do golfe ao hockey.
Ingressos... Outra particularidade dos esportes por aqui... Se você não é adepto dos pacotes de temporada (season tickets, que agora começam a crescer aí no Brasil), prepare-se para botar a mão no bolso. Seu caminho para conseguir entradas para qualquer partida - especialmente clássicos - é a "cambistagem legalizada" dos Ticketmasters e StubHubs da vida. Aliás, aprendi que cambismo na porta do estádio aqui também é crime (mas, assim como por aí, todo jogo tem e todo mundo usa...).
Resultado: paguei quase 10 vezes o valor de face do ingresso por um assento fulambro, lá no alto da arquibancada - os famosos "nosebleed seats" (a piada com o nome é porque alguns setores são tão no alto do ginásio/estádio/arena que o seu nariz até sangra por causa da altitude). Mas eu tinha certeza que a experiência toda valeria o preço do ingresso hipervalorizado. E valeu mesmo...
A começar pela arena lotada - quem se deu ao trabalho de ler o meu post sobre os Pistons vai entender melhor. E a energia de uma arena lotada como esta, com o naipe de metais da banda de Michigan State dando a trilha sonora, mostra logo de cara que aqui o jogo é diferente...
Uma vantagem de sentar num "nosebleed seat" é ter uma visão panorâmica do ginásio - algo especialmente legal num jogo de casa cheia (e cheia de figuraças). Sabe aqueles caras que se pintam e se fantasiam para assistir aos jogos? Então, dá para ver vários... E a molecada do universitário capricha! Ah, é proibido vender álcool em jogo universitário - afinal, estamos todos num ambiente acadêmico, onde se cultua a sapiência... Mas nem precisa. A molecada é empolgada por natureza: pinta o corpo para aparecer bonito na telinha quando as câmeras de TV derem um close para os lances livres...
Ou se fantasia de personagem de gibi para se destacar na multidão de "caretas"...
Falando em torcida, preciso dar crédito aos visitantes. Sentei bem ao lado da moçada de Michigan. Imagine uns 50 gatos-pingados de amarelo no meio de muitos milhares vestidos de branco e/ou verde. Mas não é que os caras (e as meninas) cantavam o tempo todo, sem parar?? Coreografavam dancinhas, mandavam gritos de guerra em sequência, secavam os lances livres de MSU e vibravam muito a cada cesta (como se fosse gol), a cada bola roubada...
E ainda pegavam bonito no pé do técnico de Michigan State, o emblemático Tom Izzo. E ele é um ícone. Técnico de MSU há 17 anos, ele tem um histórico impressionante de 401 vitórias e 166 derrotas (ou seja: venceu mais de 70% dos jogos que comandou). Foi eleito quatro vezes o "Técnico do Ano" no basquete da NCAA (a liga que rege todos os esportes universitários por aqui). E mesmo se você não soubesse de nada disso, daria para sentir - pela paixão do cara - por que ele é tão adorado pelos Spartans (e odiado pelos adversários). Sabe aquela história do técnico que "joga com o time"? Então, é ele!
Mas e o jogo?? Foi bem legal! Baita intensidade - como todo clássico deve ter - e muita velocidade - como todo jogo universitário tem. A defesa de MSU (marca registrada de Izzo) prevaleceu e conseguiu anular a estrela Tim Hardaway Jr. (filho do ex-astro da NBA Tim Hardaway), um armador de calibre que vem empurrando os Wolverines este ano. Embora disputado, o jogo nunca saiu do controle dos Spartans. Placar final, 64 x 54.
Duelo bacana, Spartans vitoriosos, boas fotos, hot dog honesto na lanchonete, experiência única... Mas ainda faltava uma coisa: o ginásio dos Spartans (Breslin Center) é famoso por ter uma estátua do meu jogador favorito na história da NBA (e dos Lakers): Earvin "Magic" Johnson, campeão nacional por MSU em 1979 (ano do meu nascimento) ao comandar os Spartans contra Indiana State, escola de um tal... Larry Bird. Esta final, aliás, é considerada até hoje o maior duelo - talvez entre todas as modalidades - da história da NCAA.
Rodei, rodei e finalmente achei!! Bom, toda estátua de bronze é meio parecida - a não ser que seja de Rodin ou Bottero. Mas preciso confessar que esta me deu arrepios... Homenagem muito legal - e merecida - ao eterno camisa 33 dos Spartans. Aliás, Magic não pôde usar este número ao se profissionalizar pelos Lakers, na segunda metade de 1979, porque ele já era usado por um tal Kareem Abdul-Jabbar: só o maior pontuador na história da NBA (38.387 pontos) e seis títulos de campeão da Liga (um pelo Milwaukee Bucks e cinco pelos Lakers), além de três títulos consecutivos da NCAA pela UCLA (University of California - Los Angeles). Por isso Magic acabou com a 32 púrpura-e-dourada (que ele também aposentou, assim como a 33 verde-e-branca dos Spartans).
Enfim, chega de falar... Olha só a estátua aí, nos melhores ângulos que consegui pegar!
Go White... Go Green! Go Spartans!! It's a kind of Magic... Oh, yeah!
Esportes universitários aqui nos EUA são um capítulo à parte - mesmo! Um fenômeno muito interessante...
A começar pela paixão, de atletas (que dão o maior gás na esperança de um dia chegar às ligas profissionais) e torcedores (alunos das escolas ou não: sem dúvidas, são os mais apaixonados da praça). Aliás, ainda vou escrever um post refletindo um pouco mais sobre os esportes universitários por aqui... Vale a pena se debruçar sobre isso!
O clima dos jogos universitários é diferente... Mais vibrante, energético, envolvente. Impossível ficar impassível - goste você de esportes ou não.
Enfim... Em 5 de fevereiro, dia do Super Bowl, decidi começar o domingão com uma viagem de 1h45 até a simpática East Lansing - capital do Estado de Michigan e casa da Michigan State University, dona de um dos programas esportivos mais tradicionais da forte conferência Big 10. O jogo? Michigan State Spartans versus (University of) Michigan Wolverines no basquete masculino. Um Fla-Flu (ou Ba-Vi, Gre-Nal, São Paulo-Corinhtians...) do esporte universitário - em qualquer modalidade, do golfe ao hockey.
Ingressos... Outra particularidade dos esportes por aqui... Se você não é adepto dos pacotes de temporada (season tickets, que agora começam a crescer aí no Brasil), prepare-se para botar a mão no bolso. Seu caminho para conseguir entradas para qualquer partida - especialmente clássicos - é a "cambistagem legalizada" dos Ticketmasters e StubHubs da vida. Aliás, aprendi que cambismo na porta do estádio aqui também é crime (mas, assim como por aí, todo jogo tem e todo mundo usa...).
Resultado: paguei quase 10 vezes o valor de face do ingresso por um assento fulambro, lá no alto da arquibancada - os famosos "nosebleed seats" (a piada com o nome é porque alguns setores são tão no alto do ginásio/estádio/arena que o seu nariz até sangra por causa da altitude). Mas eu tinha certeza que a experiência toda valeria o preço do ingresso hipervalorizado. E valeu mesmo...
A começar pela arena lotada - quem se deu ao trabalho de ler o meu post sobre os Pistons vai entender melhor. E a energia de uma arena lotada como esta, com o naipe de metais da banda de Michigan State dando a trilha sonora, mostra logo de cara que aqui o jogo é diferente...
Uma vantagem de sentar num "nosebleed seat" é ter uma visão panorâmica do ginásio - algo especialmente legal num jogo de casa cheia (e cheia de figuraças). Sabe aqueles caras que se pintam e se fantasiam para assistir aos jogos? Então, dá para ver vários... E a molecada do universitário capricha! Ah, é proibido vender álcool em jogo universitário - afinal, estamos todos num ambiente acadêmico, onde se cultua a sapiência... Mas nem precisa. A molecada é empolgada por natureza: pinta o corpo para aparecer bonito na telinha quando as câmeras de TV derem um close para os lances livres...
Ou se fantasia de personagem de gibi para se destacar na multidão de "caretas"...
Falando em torcida, preciso dar crédito aos visitantes. Sentei bem ao lado da moçada de Michigan. Imagine uns 50 gatos-pingados de amarelo no meio de muitos milhares vestidos de branco e/ou verde. Mas não é que os caras (e as meninas) cantavam o tempo todo, sem parar?? Coreografavam dancinhas, mandavam gritos de guerra em sequência, secavam os lances livres de MSU e vibravam muito a cada cesta (como se fosse gol), a cada bola roubada...
E ainda pegavam bonito no pé do técnico de Michigan State, o emblemático Tom Izzo. E ele é um ícone. Técnico de MSU há 17 anos, ele tem um histórico impressionante de 401 vitórias e 166 derrotas (ou seja: venceu mais de 70% dos jogos que comandou). Foi eleito quatro vezes o "Técnico do Ano" no basquete da NCAA (a liga que rege todos os esportes universitários por aqui). E mesmo se você não soubesse de nada disso, daria para sentir - pela paixão do cara - por que ele é tão adorado pelos Spartans (e odiado pelos adversários). Sabe aquela história do técnico que "joga com o time"? Então, é ele!
Mas e o jogo?? Foi bem legal! Baita intensidade - como todo clássico deve ter - e muita velocidade - como todo jogo universitário tem. A defesa de MSU (marca registrada de Izzo) prevaleceu e conseguiu anular a estrela Tim Hardaway Jr. (filho do ex-astro da NBA Tim Hardaway), um armador de calibre que vem empurrando os Wolverines este ano. Embora disputado, o jogo nunca saiu do controle dos Spartans. Placar final, 64 x 54.
Duelo bacana, Spartans vitoriosos, boas fotos, hot dog honesto na lanchonete, experiência única... Mas ainda faltava uma coisa: o ginásio dos Spartans (Breslin Center) é famoso por ter uma estátua do meu jogador favorito na história da NBA (e dos Lakers): Earvin "Magic" Johnson, campeão nacional por MSU em 1979 (ano do meu nascimento) ao comandar os Spartans contra Indiana State, escola de um tal... Larry Bird. Esta final, aliás, é considerada até hoje o maior duelo - talvez entre todas as modalidades - da história da NCAA.
Rodei, rodei e finalmente achei!! Bom, toda estátua de bronze é meio parecida - a não ser que seja de Rodin ou Bottero. Mas preciso confessar que esta me deu arrepios... Homenagem muito legal - e merecida - ao eterno camisa 33 dos Spartans. Aliás, Magic não pôde usar este número ao se profissionalizar pelos Lakers, na segunda metade de 1979, porque ele já era usado por um tal Kareem Abdul-Jabbar: só o maior pontuador na história da NBA (38.387 pontos) e seis títulos de campeão da Liga (um pelo Milwaukee Bucks e cinco pelos Lakers), além de três títulos consecutivos da NCAA pela UCLA (University of California - Los Angeles). Por isso Magic acabou com a 32 púrpura-e-dourada (que ele também aposentou, assim como a 33 verde-e-branca dos Spartans).
Enfim, chega de falar... Olha só a estátua aí, nos melhores ângulos que consegui pegar!
Go White... Go Green! Go Spartans!! It's a kind of Magic... Oh, yeah!
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
Terra de Gigantes
Nota bo blogueiro: Ok, a juventude também é uma banda numa propaganda de refrigerantes...
Passado o furacão do Super Bowl XLVI, hora do rescaldo. O que foi melhor? O show da Madonna? A saudação com o "middle finger" da rapper britânica M.I.A. no mesmo halftime show? A propaganda fofinha da Volks, com o cachorro-atleta? A propaganda parruda da Chrysler, com Mr. Clint dando show? A bronca de Gisele Bündchen nos receivers "mão furada" dos Patriots?
Teimo em achar que o melhor ainda foi o jogo... E que jogo!
Lembra que mencionei, em post anterior, que os Giants eram a "asa negra" dos Patriots. Pois é, aconteceu de novo. O melhor time (13 vitória e 3 derrotas na temporada regular), em teoria, caiu diante do time mais fraco (9 vitórias e 7 derrotas, saído do Wild Card), em teoria. Na prática, a defesa dos Giants prevaleceu. Na prática, Eli Manning mostrou que, embora não tenha os belos olhos (ou a esposa super-star) de Tom Brady, é um quarterback de decisões, que brilha especialmente nos momentos de pressão e nervosismo (ou seja, quando mais se precisa de um quarterback brilhante e sangue frio).
Pressão... Foi isso que abateu os Patriots desde o começo do jogo - e olha que o Super Bowl não é elemento estranho para Brady e o técnico Bill Belichick (eles estiveram em cinco e ganharam três). Aquele safety logo no primeiro quarto, dando aos Giants os primeiros dois pontos da partida, mostraram a Brady que a noite em Indianapolis seria longa. E foi mesmo.
Enquanto os Patriots demoravam para se achar em campo e Brady procurava uma maneira de furar a defesa dos Giants, Manning comandava o ataque de Nova York em jabs constantes - mas certeiros - contra a resistência dos Patriots. Boa receita para Davi abatar Golias dentro das 100 jardas: drives longos, pontos no placar sempre que possível e uma defesa tão dura que chega a irritar.
Pressão... Tenho certeza que foi essa a razão para Wes Welker e Aaron Hernandez - dois excelentes receivers, diga-se - deixarem cair dois bons passes de Brady já nos suspiros finais do último quarto, quando os Patriots tinham menos de um minuto para virar o placar (já em 21 a 17 para os Giants). Para selar um confronto dramático, emoção até o último segundo com o lançamento desesperado de Brady para a end zone (hail Mary!). Mas os Gigantes subiram mais alto e conseguir evitar o que seria o catch mais importante da história da NFL.
Passado o furacão do Super Bowl XLVI, hora do rescaldo. O que foi melhor? O show da Madonna? A saudação com o "middle finger" da rapper britânica M.I.A. no mesmo halftime show? A propaganda fofinha da Volks, com o cachorro-atleta? A propaganda parruda da Chrysler, com Mr. Clint dando show? A bronca de Gisele Bündchen nos receivers "mão furada" dos Patriots?
Teimo em achar que o melhor ainda foi o jogo... E que jogo!
Lembra que mencionei, em post anterior, que os Giants eram a "asa negra" dos Patriots. Pois é, aconteceu de novo. O melhor time (13 vitória e 3 derrotas na temporada regular), em teoria, caiu diante do time mais fraco (9 vitórias e 7 derrotas, saído do Wild Card), em teoria. Na prática, a defesa dos Giants prevaleceu. Na prática, Eli Manning mostrou que, embora não tenha os belos olhos (ou a esposa super-star) de Tom Brady, é um quarterback de decisões, que brilha especialmente nos momentos de pressão e nervosismo (ou seja, quando mais se precisa de um quarterback brilhante e sangue frio).
Pressão... Foi isso que abateu os Patriots desde o começo do jogo - e olha que o Super Bowl não é elemento estranho para Brady e o técnico Bill Belichick (eles estiveram em cinco e ganharam três). Aquele safety logo no primeiro quarto, dando aos Giants os primeiros dois pontos da partida, mostraram a Brady que a noite em Indianapolis seria longa. E foi mesmo.
Enquanto os Patriots demoravam para se achar em campo e Brady procurava uma maneira de furar a defesa dos Giants, Manning comandava o ataque de Nova York em jabs constantes - mas certeiros - contra a resistência dos Patriots. Boa receita para Davi abatar Golias dentro das 100 jardas: drives longos, pontos no placar sempre que possível e uma defesa tão dura que chega a irritar.
Pressão... Tenho certeza que foi essa a razão para Wes Welker e Aaron Hernandez - dois excelentes receivers, diga-se - deixarem cair dois bons passes de Brady já nos suspiros finais do último quarto, quando os Patriots tinham menos de um minuto para virar o placar (já em 21 a 17 para os Giants). Para selar um confronto dramático, emoção até o último segundo com o lançamento desesperado de Brady para a end zone (hail Mary!). Mas os Gigantes subiram mais alto e conseguir evitar o que seria o catch mais importante da história da NFL.
sábado, 4 de fevereiro de 2012
Pistões com baunilha
Nota do blogueiro: É claro que a trilha sonora deste post tem de ser... Advinha aí, vai!
Esta história começou sábado passado (28/1), quando eu despretensiosamente assistia pela TV à surra que o Detroit Pistons tomava do Philadelphia 76ers. Mas tudo mudou quando eu vi a propaganda...
"Friday Night Out @ The Palace
Pistons hosting the Milwaukee Bucks
Two tickets for $25
And halftime show with VANILLA ICE"
Pensei assim: "Como é? Sexta à noite (excelente para um compromisso noturno), dois ingressos por U$ 25 (de graça...), com show do intervalo a cargo de Vanilla Ice (este cara ainda existe??)?? Putz, acho que serei obrigado a ir..."
E fui...
Quando contava meus planos para os embalos de sexta à noite aos amigos do escritório, todos morriam de dar risada - e cantavam o malfadado refrão: "Vanilla / Ice Ice Baby / Too Cold / Too Cold".
E com razão. Afinal, só dando risada mesmo... Mas pensa só: quando é que você tem a oportunidade de ver Vanilla Ice ao vivo, por $25, num ginásio muito bacana? Ah, e ainda ganha um jogo da NBA de bônus (tudo bem que nenhum dos times esteja minimamente decente hoje em dia - embora ambos sejam cheios de história e glórias passadas).
A situação toda é hilária... Mas se você parar para pensar na motivação dos Pistons em levar o Vanilla Ice para o show do intervalo numa sexta à noite, dá vontade de chorar... A franquia de Detroit, que já teve lendas como Isiah Thomas, Dennis Rodman, Bill Laimbeer e Joe Dumars, anda numa pendura desgraçada... Se houvesse rebaixamento na NBA, os Pistons seriam fortíssimos candidatos.
E pensar que esta mesma franquia foi campeã da Liga em 2004 (em cima do meu Lakers) e chegou à final de novo no ano seguinte, desta vez perdendo para o San Antonio Spurs. Sete anos que parecem um século.
Para variar, escrevi demais e nada disso faz muito sentido para você, né? Okay, então olha esta foto aqui...
Este é o imponente The Palace of Auburn Hills a poucos minutos do tip off (a bola ao alto que abre o jogo)... Sentiu a lotação? E Vanilla Ice foi uma tentativa (desesperada...) de encher mais alguns assentos.
Embora não jogue basquete ou faça milagre, o cara é gente fina... Emplacou um hit bacaninha (cuja batida foi copiada de "Under Pressure", de Queen e David Bowie), daqueles que todo mundo já dançou e até gosta, mas ninguém admite.
Evidente que todos os meus (poucos) companheiros de Palace estavam com a mesma expectativa que eu. Chegou o intervalo e o cara fez a parte dele. Começou mandando um "Play That Funky Music" (clássico do Wild Cherry - outro artista de um hit só, coincidentemente...) bem ajeitado.
Até que finalmente fez a alegria de todos nós, torcedores solidários e solitários na imensidão do Palace... Olha, tenho que confessar: foi bem bacana... Engraçado demais, no mínimo!
E o jogo? Ah, o bônus pelo ingresso, né? Então, os Pistons jogaram direitinho e até ganharam...
Nota do blogueiro 2: Vale dar o crédito das fotos a quem merece... Obrigado!
Esta história começou sábado passado (28/1), quando eu despretensiosamente assistia pela TV à surra que o Detroit Pistons tomava do Philadelphia 76ers. Mas tudo mudou quando eu vi a propaganda...
"Friday Night Out @ The Palace
Pistons hosting the Milwaukee Bucks
Two tickets for $25
And halftime show with VANILLA ICE"
Pensei assim: "Como é? Sexta à noite (excelente para um compromisso noturno), dois ingressos por U$ 25 (de graça...), com show do intervalo a cargo de Vanilla Ice (este cara ainda existe??)?? Putz, acho que serei obrigado a ir..."
E fui...
Quando contava meus planos para os embalos de sexta à noite aos amigos do escritório, todos morriam de dar risada - e cantavam o malfadado refrão: "Vanilla / Ice Ice Baby / Too Cold / Too Cold".
E com razão. Afinal, só dando risada mesmo... Mas pensa só: quando é que você tem a oportunidade de ver Vanilla Ice ao vivo, por $25, num ginásio muito bacana? Ah, e ainda ganha um jogo da NBA de bônus (tudo bem que nenhum dos times esteja minimamente decente hoje em dia - embora ambos sejam cheios de história e glórias passadas).
A situação toda é hilária... Mas se você parar para pensar na motivação dos Pistons em levar o Vanilla Ice para o show do intervalo numa sexta à noite, dá vontade de chorar... A franquia de Detroit, que já teve lendas como Isiah Thomas, Dennis Rodman, Bill Laimbeer e Joe Dumars, anda numa pendura desgraçada... Se houvesse rebaixamento na NBA, os Pistons seriam fortíssimos candidatos.
E pensar que esta mesma franquia foi campeã da Liga em 2004 (em cima do meu Lakers) e chegou à final de novo no ano seguinte, desta vez perdendo para o San Antonio Spurs. Sete anos que parecem um século.
Para variar, escrevi demais e nada disso faz muito sentido para você, né? Okay, então olha esta foto aqui...
Este é o imponente The Palace of Auburn Hills a poucos minutos do tip off (a bola ao alto que abre o jogo)... Sentiu a lotação? E Vanilla Ice foi uma tentativa (desesperada...) de encher mais alguns assentos.
Embora não jogue basquete ou faça milagre, o cara é gente fina... Emplacou um hit bacaninha (cuja batida foi copiada de "Under Pressure", de Queen e David Bowie), daqueles que todo mundo já dançou e até gosta, mas ninguém admite.
Evidente que todos os meus (poucos) companheiros de Palace estavam com a mesma expectativa que eu. Chegou o intervalo e o cara fez a parte dele. Começou mandando um "Play That Funky Music" (clássico do Wild Cherry - outro artista de um hit só, coincidentemente...) bem ajeitado.
Até que finalmente fez a alegria de todos nós, torcedores solidários e solitários na imensidão do Palace... Olha, tenho que confessar: foi bem bacana... Engraçado demais, no mínimo!
E o jogo? Ah, o bônus pelo ingresso, né? Então, os Pistons jogaram direitinho e até ganharam...
Nota do blogueiro 2: Vale dar o crédito das fotos a quem merece... Obrigado!
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
Aaaaaahhh... O Super Bowl!
Nota do blogueiro: para mim, não existe trilha mais adequada para qualquer coisa relativa a futebol americano do que o discurso de Al Pacino antes do jogo final em "Any Given Sunday". Esta faixa já embalou muuuuitas corridas minhas... Não sei como ela sumiu do meu iPod!
Antes tarde do que nunca para corrigir um erro meio imperdoável para quem se diz fã de futebol americano... Estamos a pouco mais de três dias do Super Bowl e nem consegui escrever a respeito. Pecado. Mas vamos lá...
Domingo, 21h30 (horário de Brasília, 18h30 aqui na Costa Leste), o mundo vai parar. Sem exagero: o mundo vai parar. Este é o evento esportivo mais esperado e mais assistido todos os anos. Só no ano passado, estima-se que 111 milhões de americanos (só americanos) assistiram à vitória do Green Bay Packers sobre o Pittsburgh Steelers. Desta vez, New York Giants e New England Patriots farão a grande final da NFL, num tira-teima da decisão de 2008 - quando deu Giants.
É difícil tentar explicar o clima que este jogo proporciona por aqui... A começar que futebol americano é, disparado, a paixão esportiva nacional # 1 (e o baseball vem em 4º lugar, depois de futebol americano, futebol americano e... futebol americano). Homens e mulheres anseiam o ano inteiro pela curta temporada da NFL, que vai de agosto/setembro a janeiro/fevereiro. É meio que piada por aqui, especialmente entre as esposas, que neste período do ano você pode desencanar do marido aos domingos - pois ele certamente passará o dia inteiro em frente à TV, vendo TODOS os jogos.
Louco pensar nisso, mas os times que chegam ao Super Bowl terão disputado, no máximo, 20 jogos ao longo de toda a temporada - caso dos Giants este ano (os Patriots chegarão a 19, porque tiveram boa classificação na temporada regular e não precisaram disputar a primeira fase dos playoffs, chamada de Wild Card). No baseball, por exemplo, cada time joga inacreditáveis 162 jogos apenas na temporada regular (sem contar os playoffs).
Talvez a melhor imagem para descrever o clima por aqui seja a seguinte: imagine uma final de Copa do Mundo com o Brasil jogando. Agora, imagine isso todo ano... There you go!
São os 30 segundos mais caros da TV mundial - sabe aquela propaganda da Volks em que o menininho vestido de Darth Vader consegue "controlar" um Passat? Então, Super Bowl... Sabe quem vai fazer o tradicional Show do Intervalo este ano? Madonna. E por aí vai...
Patriots x Giants, Boston x Nova York, Tom Brady (vulgo: maridão da Gisele Bündchen, à direita na foto abaixo) x Eli Manning... Um duelo com proporções de filme hollywoodiano. Vai ser um jogo interessante, sem dúvidas. Tecnicamente, os Patriots são superiores. Na teoria, favoritos. Mas se existe um time que sabe como vencer os Patriots, este time é o Giants... Asa negra mesmo, sabe? E tem o fantasma do Super Bowl de 2008... Enfim, difícil fazer previsões.
Para quem quer saber mais sobre curiosidades bacanas referentes ao Super Bowl, recomendo uma olhada no Blog do UOL Esporte. Eles estão com uma série bem legal de posts esta semana. Vale a pena conferir.
Antes tarde do que nunca para corrigir um erro meio imperdoável para quem se diz fã de futebol americano... Estamos a pouco mais de três dias do Super Bowl e nem consegui escrever a respeito. Pecado. Mas vamos lá...
Domingo, 21h30 (horário de Brasília, 18h30 aqui na Costa Leste), o mundo vai parar. Sem exagero: o mundo vai parar. Este é o evento esportivo mais esperado e mais assistido todos os anos. Só no ano passado, estima-se que 111 milhões de americanos (só americanos) assistiram à vitória do Green Bay Packers sobre o Pittsburgh Steelers. Desta vez, New York Giants e New England Patriots farão a grande final da NFL, num tira-teima da decisão de 2008 - quando deu Giants.
É difícil tentar explicar o clima que este jogo proporciona por aqui... A começar que futebol americano é, disparado, a paixão esportiva nacional # 1 (e o baseball vem em 4º lugar, depois de futebol americano, futebol americano e... futebol americano). Homens e mulheres anseiam o ano inteiro pela curta temporada da NFL, que vai de agosto/setembro a janeiro/fevereiro. É meio que piada por aqui, especialmente entre as esposas, que neste período do ano você pode desencanar do marido aos domingos - pois ele certamente passará o dia inteiro em frente à TV, vendo TODOS os jogos.
Louco pensar nisso, mas os times que chegam ao Super Bowl terão disputado, no máximo, 20 jogos ao longo de toda a temporada - caso dos Giants este ano (os Patriots chegarão a 19, porque tiveram boa classificação na temporada regular e não precisaram disputar a primeira fase dos playoffs, chamada de Wild Card). No baseball, por exemplo, cada time joga inacreditáveis 162 jogos apenas na temporada regular (sem contar os playoffs).
Talvez a melhor imagem para descrever o clima por aqui seja a seguinte: imagine uma final de Copa do Mundo com o Brasil jogando. Agora, imagine isso todo ano... There you go!
São os 30 segundos mais caros da TV mundial - sabe aquela propaganda da Volks em que o menininho vestido de Darth Vader consegue "controlar" um Passat? Então, Super Bowl... Sabe quem vai fazer o tradicional Show do Intervalo este ano? Madonna. E por aí vai...
Patriots x Giants, Boston x Nova York, Tom Brady (vulgo: maridão da Gisele Bündchen, à direita na foto abaixo) x Eli Manning... Um duelo com proporções de filme hollywoodiano. Vai ser um jogo interessante, sem dúvidas. Tecnicamente, os Patriots são superiores. Na teoria, favoritos. Mas se existe um time que sabe como vencer os Patriots, este time é o Giants... Asa negra mesmo, sabe? E tem o fantasma do Super Bowl de 2008... Enfim, difícil fazer previsões.
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